domingo, 28 de fevereiro de 2010

Sex and the City em Buenos Aires?

É estranho, mas essas conversas por Messenger, às vezes, nos fazem meditar sobre certas coisas. Outro dia, estava falando com um amigo argentino, o Raul, que costuma tecer comentários um tanto quanto ácidos com relação a sua própria cidade. Ele me dizia que odeia La Boca: “Acho deprimente aquelas casinhas pintadas cada parte com uma cor diferente. Não há nada de interessante lá!”.
A surpresa maior para o Raul foi quando eu lhe dei razão. Ok. Não sou tão dura como ele, mas realmente, não vejo nada de especial naquele lugar. Segundo meu amigo, todos os brasileiros são loucos por La Boca e eu sou uma exceção. Tudo bem, às vezes acho que ele exagera um pouco, mas ambos entramos em acordo que a capital federal tem outros lugares legais.
Caminhando por aí...
Sexta-feira passada, fiquei chateada porque ia me encontrar com uma pessoa e, no final, não deu certo. O fato é que estou passando por uma fase na minha vida em que não quero me preocupar ou passar muito tempo remoendo mágoas pelas coisas que as pessoas fazem e me decepcionam. Simplesmente, aperto a tecla play e sigo em frente! Então, como não queria ficar em casa chorando a morte da bezerra, me vesti e fui pra academia. O lugar ideal para liberar a “mala onda” e também as toxinas.

Onde eu quero chegar contando isso? Bom, na volta, toda suada, descabelada e com a cara vermelha, depois de ter me matado na esteira, vim caminhando pelo bairro de Palermo Soho. Vi as pessoas reunidas, tomando uma bebida, conversando. Foi uma cena linda e, para mim, algo triste. Fez-me lembrar de que não tenho companhia aqui para isso. Esses amigos que a gente liga, se fala e encontra sempre, tenho poucos. Na verdade, dá pra contar com os dedos de uma mão só. Confesso que antes de me mudar para cá, imaginava tudo diferente. Eu me via sorrindo numa mesa dessas dos barzinhos de Palermo Soho, como aquelas pessoas que vi. Mas não foi assim. Adoraria poder dizer que tenho uma vida movimentadíssima, com uma agenda lotada, e não que no sábado à noite compro uma pizza e alugo um filme pra ver sozinha em casa.

Por mais que eu seja fã da série Sex and the City, não consegui fazer dos meus dias aqui em Buenos Aires a réplica da vida da personagem Carrie Bradshaw. Não me faltam sapatos, mas sim nomes na agenda. Mas uma coisa aprendi nesses 34 anos: Os amigos que nos chamam para sair, e que somente estão ali para os bons momentos, esses vão e vêm. Passam sem deixar marcas profundas. Mas se a gente tem um amigo, um só que seja, que sempre vai estar disposto a nos dar a mão, isso sim vale a pena! E não importa a distância em que esteja!

Beijos e boa semana!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Novos obstáculos

Não acredito em horóscopos e essas coisas todas de zodíaco, mas os meus amigos que entendem do assunto dizem que meu signo, Áries, tem tudo a ver comigo. Se observo algumas descrições, é verdade, sou típica ariana. Tenho muita energia para começar projetos novos e tenho um toque de impulsividade. Por que estou tocando nessa questão logo agora? O motivo é que, como já comentei no último post, vou participar de uma corrida de 5K dia 7 de março. Já me inscrevi e tudo!


Mas nem tudo é um mar de rosas nessa vida, né? Há duas semanas fiquei resfriada. Muito resfriada. Isso, segundo o médico, foi resultado do choque de ar frio no interior do escritório com o bafo quente da temperatura ambiente ao ar livre. É desanimador, mas meu treinamento a jato vai ter que contar com uma semana a menos. Enfim, 5Km não é muito, mas tampouco quero cruzar a linha de chegada esbaforida e quase colocando o coração pra fora.Esse resfriado foi um balde de água fria, nada esperada, mesmo em dias de temperaturas tão altas. Mas não posso me queixar, porque tenho uma saúde de ferro. Estou fazendo um check-up geral esses dias e está indo tudo muito bem, obrigada.


Há dois fins de semana, aconteceu algo muito engraçado. Fui fazer uma endoscopia digestiva, porque tenho gastrite e refluxo. A moça do laboratório foi enfática: assim como no Brasil, o paciente só pode fazer esse exame com a presença de um acompanhante. Recrutei para essa tarefa árdua meu superamigo Germán, que foi um doce me acompanhando nesse programão de sábado de manhã.Nesse tipo de procedimento, é comum os médicos nos fazerem dormir, para não sentir a introdução da cânula pela boca. Só sei que acordei em outro quarto, com o Germán do meu lado, conversando comigo.


Meio bizarro isso, porque não me lembro de absolutamente nada que aconteceu antes. Mas assustada fiquei eu depois que soube que conversei com a médica enquanto estava sedada. Segundo o meu acompanhante (que adora tirar um sarro na minha cara), a médica me disse: “Vamos, Marília. Você pode acordar agora. Se quiser, pode falar português”. Isso tudo em espanhol, claro. E eu respondi (de acordo com o Germán, com o dedo indicador levantado): “No puedo pensar”. Realmente, o espanhol está gravado na minha cabeça, porque, mesmo grogue, respondi nesse idioma. No fim do exame eu tinha muita fome e ria muito. Parecia uma bêbada, falando bobagens e meio pisando nas nuvens.


Meu estômago, um episódio que não termina


Semana passada fui almoçar num restaurante mexicano em Puerto Madero e, não sei por qual razão, me senti extremamente mal logo depois da refeição. Sinceramente, a comida parecia muito fresca e sem problemas. Bom, anyway, fiquei tão mal que à noite tive que chamar a emergência do meu plano de saúde. Achei que ia morrer de tanta dor de cabeça e estômago.Em resumo, essas duas últimas semanas foram de mal-estar, dor e nada de treinamento. Mas, a partir de amanhã, se Deus quiser, retomo as passadas na esteira da academia. Afinal, tenho pouco tempo para entrar em condições de participar da corrida sem passar vergonha.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Correndo atrás do prejuízo... Ou da barriguinha



Bom, aqui estamos. Já é fevereiro e parece que o ano definitivamente começou. Afinal, aqui em Buenos Aires não temos carnaval. No Brasil dizemos que o ano só começa de verdade depois do carnaval, não é mesmo? Ou seja, o pior é que não posso nem usar essa desculpa pra mim mesma... A propósito, a idéia de que o tempo está passando rápido me deixa mais preocupada, porque carrego comigo resquícios do Natal: Os quilos extra! Está sendo muito difícil perdê-los. Deus sabe como está sendo complicado.

Faço dieta, bato ponto quase todo santo dia na academia, mas a “pancita” conquistada com muito sacrifício à base de caldo de cana, pastel, coxinha e comidinha da mamãe, teima em continuar aqui. Mas uma coisa me animou. Vi que em março vão realizar novamente a “Carrera de las Chicas”, uma corrida promovida pela Nike e dedicada somente às mulheres. No ano passado participei. Foi minha primeira competição e achei fantástico poder participar! Foi uma experiência indescritível.

Atualmente estou passando por uma maratona de médicos e exames. É sempre bom fazer um check-up geral, né? Felizmente, ao que tudo indica, minha saúde está em ótimas condições. Agora me falta encarar outro tipo de maratona. Vou retomar os treinos de corrida pra não fazer feio no dia 07 de março, na Carrera de las Chicas. Quem sabe assim elimino esse “flotador” (bóia) que teima em não desgrudar da minha cintura. Prometo colocar fotinhos do evento aqui, com a camiseta de 2010. A de 2009 era laranja, muito bacaninha.

Enfim, amanhã começo com o treinamento. Deus me ajude e pé na tábua!